quarta-feira, 26 de agosto de 2020

E se...


Me perdi em seus olhos castanhos. Enquanto você tinha seus flashes, e pensava em tudo que poderíamos ser, eu já sabia que não poderíamos. Um dia, foi tudo que tive com você, vinte e quatro horas de carinho, cumplicidade, muita conversa, e um faz-de-conta que ficou na memória. Prefiro não pensar nisso, e não deixar o "e se" dominar meus pensamentos. Pois, no fundo, sei que gostaria que tivéssemos mais tempo. Gostaria de poder sentir sua pele, e beijar seus lábios novamente. Ainda quero admirar seu sorriso pela manhã, enquanto o sol ilumina, parcialmente, seu rosto. Me sentir aconchegada em seus braços, mesmo sabendo que não é algo que irá durar. E, mais uma vez, o "e se" domina meus pensamentos. O que os seus olhos castanhos, e seus lábios tão bem desenhados, fizeram comigo?

Desilusão


Observo sua cara distante, de indiferença, e me pergunto em que momento eu estraguei isso. Tínhamos algo tão puro, e agora é só monotonia. Talvez minha busca incansável por novas experiências tenha te frustrado e, assim, seguimos nesse limbo da desilusão. O que era alguma coisa se transformou em nada, e do nada não temos muito o que criar. Você já deve estar cansado dos meus vícios, e só sobrevivemos a cada dia. Exatamente igual ao de ontem, estabilidade ou prisão? Basta escolher. Talvez eu já estivesse quebrada, e tenha oferecido tão pouco. E com esse pouco não há muito o que construir. Apenas o vazio, que continua aqui. E assim seguimos vivendo, um dia de cada vez. E eu olho no espelho e choro, por tudo que poderíamos ter sido e não seremos, pois estou quebrada.

quinta-feira, 6 de agosto de 2020

Campanha sinal vermelho contra a violência doméstica

A campanha “Sinal Vermelho Contra a Violência Doméstica” coloca as farmácias como agentes de comunicação contra a violência doméstica, fazendo contato com a polícia quando uma mulher se apresenta com um “X” vermelho em sua mão – a sugestão é que seja feito com batom ou esmalte, por exemplo. Ao apresentar o símbolo ao atendente ou farmacêutico, o funcionário do estabelecimento acionará o socorro discretamente. E, em seguida, conduz a mulher a um espaço reservado na farmácia, para aguardar a chegada da polícia.

Infelizmente, com a pandemia, os casos de violência doméstica aumentaram, e fica ainda mais difícil denunciar já que a mulher convive com o agressor.

A campanha “Sinal Vermelho Contra a Violência Doméstica” é fruto de uma parceria entre a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias, a ABRAFARMA; a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa); a Associação de Magistrados Brasileiros; e o Conselho Nacional de Justiça. Vale frisar que os funcionários não são conduzidos a delegacia e também não necessariamente serão chamados para testemunhar.