sábado, 3 de julho de 2010

Telefone


Ainda guardo numa sacola embrulhada, aquela blusa que seria sua se não tivéssemos terminado, justamente no dia do seu aniversário. Vejo como uma lembrança, por mais que você nem tenha a visto e muito menos usado. Talvez eu sinta mais sua falta como amigo do que como um namorado. E agora que estou sozinha nessa imensa casa decidi usar aquela mesma blusa, e deitar no sofá como quem não quer nada. Mas quem não quer nada não fica deitada a menos de um metro do telefone, com seu número na mão.

Nenhum comentário:

Postar um comentário