segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Apenas Talvez

Memórias escorrem, enquanto uma dor se apossa de minha cabeça, lateja. Uma espécie de redemoinho que toma conta de tudo, convergência entre realidade e ilusão, memórias e desejos. Só me pergunto em que momento sentir falta de parte do passado se tornou algo tão constante, cotidiano, quase que um hábito. Será que realmente há aquela única pessoa que amamos e da qual nunca nos esquecemos não importa quanto tempo passe, ou será que isso é apenas história e são as lembranças que nos enganam? Não sei como seria, ver, tocar, o que sentir? Em qual instante a indiferença se perdeu? Por outro lado, só me pergunto em que momento sentir medo de parte do passado se tornou algo tão constante, cotidiano, quase que um hábito. E todo aquele mal mais uma vez está aqui, me corroendo por dentro, o esvair da inocência. Quantas vezes a esperança se perdeu? Inúmeras. Ressurgindo, até dela não restar mais nada, ou talvez meros resquícios, lembranças de quando dava gosto sorrir, compartilhar a vida com alguém. Tudo se perdeu, e agora o que resta é aprender a estar sozinha, mas estar sozinha necessariamente significa se sentir solitária? Talvez sim, talvez não, talvez eu descubra.

3 comentários:

  1. são inúmeras as perguntas e talvez não saibamos nunca muitas das respostas. O que não poderia continuar acontecendo era aquela lambança no escuro. Dar um fim em determinada história pode significar dar liberdade para o outro pra fazer da liberdade dele ou dela , o que quiser. O amor prende e isso é uma bostilda sem sentido.

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  2. E acho que nada se perdeu. Apenas ficou no passado.

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  3. E não é ser esperançosa, é ter fé. quem tem fé vive de acreditar nele proprio e no outro. E não acredito nessa coisa de mais ou menos fé.

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