quarta-feira, 26 de agosto de 2020

Desilusão


Observo sua cara distante, de indiferença, e me pergunto em que momento eu estraguei isso. Tínhamos algo tão puro, e agora é só monotonia. Talvez minha busca incansável por novas experiências tenha te frustrado e, assim, seguimos nesse limbo da desilusão. O que era alguma coisa se transformou em nada, e do nada não temos muito o que criar. Você já deve estar cansado dos meus vícios, e só sobrevivemos a cada dia. Exatamente igual ao de ontem, estabilidade ou prisão? Basta escolher. Talvez eu já estivesse quebrada, e tenha oferecido tão pouco. E com esse pouco não há muito o que construir. Apenas o vazio, que continua aqui. E assim seguimos vivendo, um dia de cada vez. E eu olho no espelho e choro, por tudo que poderíamos ter sido e não seremos, pois estou quebrada.

Um comentário:

  1. Você nunca ofereceu pouco...Ao contrário. Pega que andou desconstruindo algumas coisas essenciais.

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