Olho para as fotos, constantes recordações de como as coisas costumavam ser. Mais simples, coloridas. E como o tempo passava rápido, em meio a tantas coisas acontecendo, hoje ele se arrasta. Ainda me pergunto o que aconteceu, quando foi que tudo mudou tanto? E qual seria o limite da dor, até quando podemos aguentar? Será que essa realmente é a última vez? Pois tudo que vejo é um caminho bem longo a trilhar, até o lugar em que eu gostaria de estar.
terça-feira, 23 de agosto de 2022
Peso
E naquele momento eu me vi sozinha, com o peso de tudo de ruim que já havia acontecido entre aquelas paredes, e elas pareciam cada vez menores. Chegava a ser claustrofóbico. Afundando, em reflexões que não levavam a nada, apenas sofrimento. Você se arrasta para sair desse buraco, mas o "e se" te puxa de volta. "E se eu não tivesse bebido naquele dia?" Como se isso mudasse o fato de que aquela pessoa foi horrível por ter tentado se aproveitar disso. Como pode, um momento destruir tanta coisa? Sua autoconfiança, sua autoestima, e a fé nas pessoas mais próximas. E mesmo quando não tem culpa, você ainda sai como a errada da história. Até quando?
segunda-feira, 8 de agosto de 2022
Diferença
Qual o propósito? De ter uma vida a dois, se você não compartilha nada comigo. Parece que sou sempre a última a saber das coisas. Te vejo indo para lá e pra cá, falando ao telefone, enquanto não se dá nem ao trabalho de parar para me explicar o que está acontecendo. E você ainda tem a coragem de perguntar se estou chateada. Quando tenho que praticamente implorar, para que você pare apenas um minuto para poder me escutar, me lembro muito bem do motivo pelo qual não quero mais estar aqui. Porque continuar me sujeitando a isso? Afinal, não compartilhamos nada, e parece que você nunca tem tempo para fazer algo comigo. Chega a ser engraçado, e até um pouco trágico, a forma como as coisas eram diferentes, lá no início.
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