Seus olhos claros, o jeito como você me olha, o desejo. Quando te olho, consigo ver o amor que você sente, mas não consigo mensurar o tamanho desse amor. Dividida entre apenas memórias e nosso contato corpo a corpo, pele a pele. Quando você me olha, todo o resto do mundo parece se desfazer, enquanto eu me derreto. Talvez, algum dia, finalmente possamos ficar juntos, até lá, o que fica são as lembranças. Nossa casa, nossa cama, nossos planos. A ternura que transborda de você, de cada olhar, de cada gesto. Carícias, juras de amor, conversas intermináveis. Fica mais um pouco, não vai embora, diz aquelas coisas que só você sabe me dizer, me arrepia. Não há como esquecer tudo que passamos, cada momento, de prazer, de dor, de ternura. Dois solitários, se conhecendo aos poucos, descobrindo o que é amar, se completar, confiar. Mas, ao mesmo tempo, descobrindo também o que é saudade, que marca, que machuca. Apenas venha, e expulse meus medos, mais um vez.
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