segunda-feira, 13 de março de 2017

Prazer efêmero

Aconteceu algo hoje, nossos lábios se tocaram, brevemente, e assim eu ganhei meu dia. Cama fria, sombria, vazia, se contrasta a histeria com que antes nossos corpos se encontravam. De forma violenta, fugaz, sagaz. E o presente, outrora tão doce, tornou-se apenas um líquido amargo, que somos obrigados a tomar. Nosso suor se mistura, enquanto me pergunto se ainda sinto algo por você. Nossos corpos se encaixando, seus olhos castanhos, escuros, quase negros, eles brilham. Nossos lábios devoravam-se, com tamanha intensidade, que jamais encontrei igual. Nossas mãos tinham pressa, de explorar, chegar ao lugar tão desejado. O ápice de nossos corpos, sem nenhum pudor, apenas ansiando por mais, sem parar, nunca parece o bastante. Sempre quero mais de teu corpo, mais de tua mente, quero ser teu mais profundo desejo, tudo que você jamais teve, e acima de tudo quero ser amada, com tamanha voracidade, que jamais irei querer saber de qualquer outra coisa. Quero ser domada, dominada, por esses olhos que queimam, resplandecem. Quero sentir tuas mãos, tua força, teus olhos calmos a admirar meu corpo, quero sentir tudo que jamais senti antes.

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