quinta-feira, 10 de maio de 2018

Carne viva

Mais um dia, mais uma batalha, para abrir os olhos, para levantar da cama. Vazio, vazio e mais vazio, por toda parte, é tudo que vejo. Preciso, de alguma espécie de cura, uma corda, que me tire do fundo desse poço, que me puxe para a superfície. Já não sei mais, o que é real, e acho que nem quero saber, apenas deixe-me ficar aqui. Sozinha, talvez assim seja melhor, talvez assim ninguém mais de machuque. Não aguento mais, expor minhas feridas, ficar aqui em carne viva, e cheia de cicatrizes, que nunca se fecham, que todo mundo vê, e finge se importar. Eu mesma, que me afundei aqui, com minhas próprias escolhas, jamais culparia qualquer outra pessoa, apenas minha própria falta de capacidade, de aprender com os erros do passado. Talvez eu jamais aprenda, talvez continue sempre nesse mesmo loop, nesse ciclo vicioso. Continuo afundando, às vezes lentamente, às vezes com maior velocidade, mas não importa o tamanho da queda, o que realmente importa é aceitar, que talvez eu jamais saia daqui. Talvez eu consiga, quem sabe pela navalha, quem sabe pelos remédios, quem sabe assim, eu nunca mais precise, enfrentar outra batalha diária.

3 comentários:

  1. É a última vez que pergunto, prometo. Por que você não vem me conhecer. É q o nica cobrança que eu faço mesmo sabendo que nem direito eu tenho

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  2. Quando eu falei sobre se revelar pra mim, comentei sobre várias vezes, você nunca demonstrou interesse

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