quinta-feira, 27 de junho de 2019
Toque
O toque de um estranho na rua, e se você pudesse ver toda a vida dele, apenas através desse toque? Tudo de bom, e tudo de ruim, que ele já fez. E quem seria você para julgar? E se não fosse um estranho, e sim alguém que você costumava conhecer? Alguém de quem costumava conhecer todos os defeitos e falhas, ainda assim, você poderia julgar? Ou apenas acenar, como se nada tivesse acontecido? Pois, é isso que fazemos, fingir descaradamente que nada aconteceu. Como se tudo estivesse apenas na sua cabeça. Lembranças implantadas, ou só a realidade? A doce e amarga realidade, agridoce, sutil e avassaladora, desconcertante. Será que as coisas ficam no passado, ou elas sempre voltam para nos assombrar? Será que nada foi feito para durar? Preciso de respostas, verdades duras ou mentiras deslavadas, que seja. Apenas, fale comigo. E não haja como se não me conhecesse, pois eu não posso suportar, essa indiferença. Como se nunca tivéssemos sido amantes, como se nunca tivéssemos conhecidos nossos corpos nus, embaixo dos lençóis.
quarta-feira, 26 de junho de 2019
Chances
Será que realmente vamos encontrar algum jeito, de superar tudo isso?
Pois eu continuo inerte, estagnada.
Não quero te afundar junto comigo, mas, e se você for embora,
acho que vou me fechar até não restar mais nada.
A capacidade das pessoas, de perdoar, ainda me surpreende.
Será que tudo que fazemos realmente volta para nós?
Talvez, um dia. Sem bebida, qual é a desculpa dessa vez?
Ninguém estará lá para me ajudar sempre, preciso me levantar sozinha dessa vez.
Você não sabe como é ruim, ter que conviver com tudo isso.
Com os erros do passado, e do presente, que nada justifica.
A culpa nunca foi de ninguém, além de você mesma, pelos seus próprios atos.
E, no fundo, eu sempre soube, as desculpas se esgotaram.
Então, só resta aceitar e, talvez, tentar ser melhor, se não for tarde demais.
Pois, oportunidades não são para sempre, e as chances, um dia se esgotam.
Pois eu continuo inerte, estagnada.
Não quero te afundar junto comigo, mas, e se você for embora,
acho que vou me fechar até não restar mais nada.
A capacidade das pessoas, de perdoar, ainda me surpreende.
Será que tudo que fazemos realmente volta para nós?
Talvez, um dia. Sem bebida, qual é a desculpa dessa vez?
Ninguém estará lá para me ajudar sempre, preciso me levantar sozinha dessa vez.
Você não sabe como é ruim, ter que conviver com tudo isso.
Com os erros do passado, e do presente, que nada justifica.
A culpa nunca foi de ninguém, além de você mesma, pelos seus próprios atos.
E, no fundo, eu sempre soube, as desculpas se esgotaram.
Então, só resta aceitar e, talvez, tentar ser melhor, se não for tarde demais.
Pois, oportunidades não são para sempre, e as chances, um dia se esgotam.
segunda-feira, 24 de junho de 2019
Tudo
Só queria saber por que, depois de tudo, ainda me sinto tão sozinha. Quando isso tudo vai passar? Eu tirei tudo de todos ao meu redor, mas continuo vazia. De repente, a morte parece tão convidativa, mais uma vez, agora que todos os remédios acabaram. Têm dias em que parece tão fácil, deixar tudo para trás. Eu só queria que isso tudo parasse, a ansiedade, a depressão, o vazio, tudo. Os sintomas da abstinência, os calafrios, os enjoos constantes e as crises de choro. Olhos cansados, fadiga, e a constante sensação de que falta algo, mesmo que eu pareça ter tudo.
quarta-feira, 19 de junho de 2019
Cada detalhe
Senta aqui, vamos tomar um café, e conversar sobre nós. Calma, não precisa ter pressa, gosto de explorar teu corpo aos poucos, descobrir. A vontade de ficar é imensa, tão imensa que já não cabe mais em meu peito. Intensa, e tão vívida. Senta aqui, vamos dividir um cigarro, e conversar sobre qualquer bobagem. Enquanto admiro cada detalhe, que te faz tão diferente, único. Os detalhes que fazem com que eu te ame, e os detalhes que fazem com que me sinta repelida. Mas, mesmo assim, escolha ficar.
segunda-feira, 17 de junho de 2019
Sorria
Talvez, algum dia, iremos encontrar um jeito melhor, de começar uma nova vida. Até lá, apenas sorria. Pois quanto mais você se permite sentir, mais se machuca. Deixe as coisas fluírem, o que tiver que ser seu um dia volta. Você esteve quebrado por tanto tempo, que sequer reparou na beleza das cores. Tudo parecia cinza, desbotado. Se esforce um pouco mais, e você irá encontrar a paz, que tanto almeja. Toda a beleza revestida de simplicidade do dia a dia. Sem medo, sem remorso. Observe a luz, os tons. Apenas sorria, mas, dessa vez, sorria de verdade, até doer o estômago, até seus lábios não aguentarem mais. Se permita sentir, talvez, finalmente seja a hora.
Tempo perdido
Há quatro anos atrás, eu tentava te salvar, tarde demais. São coisas assim que nos fazem perceber que, infelizmente, a vida realmente é muito curta. E, às vezes, desperdiçamos tanto tempo com bobeiras. Não quero mais perder tempo, nunca mais quero me arrepender por tamanho desperdício. Talvez, essa seja minha lição. Se, pelo menos, eu pudesse encontrar algum jeito de burlar a morte. Sol fraco e chuva lá fora, e só consigo pensar que não fui capaz de tirar sua tristeza, de levar toda a sua dor embora. Mais um ano para aceitar, que você nunca mais vai voltar. Quantas saudades eu sinto, quanto tempo perdido. Quanta vontade de gritar, que é tudo mentira, que não é possível, mas você não estará lá para escutar. Tarde demais.
terça-feira, 11 de junho de 2019
Me solta - Parte 3
Será que realmente vale tudo para esquecer, até mesmo, deixar um pedaço seu morrer? Afinal, parece que você já faz parte de mim, da maneira mais profunda, indissociável. Talvez, você seja assim mesmo, do tipo que gruda, que nunca mais vai embora, da mente, do corpo, da pele. E do coração, então, acho que nem preciso dizer. Acho que ainda me apego à esperança de que um dia tudo dará certo, e de que tudo pelo que passamos fará algum sentido no final. Até lá, continuo tentando processar, a falta que você me faz. Será que realmente quero que você me solte? Talvez eu não esteja tão disposta assim a esquecer, ainda não, apenas quando sentir que realmente é o fim. Mas, será, que esse dia vai chegar?
Me solta - Parte 2
Mais uma noite com você, e sempre digo para mim mesma que é a última vez, mas quando vejo já estou de volta. Será que isso é um vício? Prefiro não saber. Mas toda vez que preciso de alguém, é você que me vem ao pensamento, por quê? Tivemos a nossa chance, e por mais que o erro tenha sido meu, talvez o passado realmente deva ficar no passado. Então, por que você não sai da minha cabeça? Por que você não me solta de vez? Eu vivi tanto tempo sem você, e fazer isso agora não deveria parecer tão difícil. Noites em claro, quanto tempo mais eu vou ter que aguentar? Até que tudo isso vá embora. Logo você? Tão quieto na sua, chegando aos poucos, acho que esse é o pior tipo. Que cativa. No começo parece que não é nada de mais, e quando você vai perceber, já era. Até quando? Quanto de mim mesma vou ter que dar? Até isso morrer.
Me solta - Parte 1
O que estamos fazendo? Tentando de novo e de novo. Será que isso vai chegar a algum lugar? Parece que estamos sempre voltando à estaca zero, presos às mesmas velhas correntes. Não quero mais me afogar e sufocar. Pois já vivi isso outras mil vezes, e sei muito bem como termina. Orgulho, dor e decepção. Cansei de me frustrar, batendo sempre na mesma tecla, preciso me libertar e avançar. Então, me solta, e não me puxe mais de volta. Pois, não importa o quanto eu saiba, sempre vou ceder. Não consigo resistir, às vezes acho que sou fraca, pelo menos quando se trata de você. Apenas, me solta. Não posso mais olhar pra trás, e sentir saudade, imaginar tudo que poderíamos ter sido e não conseguimos ser. O tempo não volta atrás, então por que eu deveria voltar?
segunda-feira, 10 de junho de 2019
Claustrofóbico
Preciso desesperadamente de um cigarro, para enfrentar esse silêncio ensurdecedor, e todos os pesadelos, claustrofóbicos. Me desfaço em pedaços para, em seguida, juntar as partes de quem eu deveria ser. Tentando me redescobrir, nesses dias frios. Inverno cruel, meu inferno particular, branco e pálido, solitário. Quem sabe um dia as coisas mudem. Aos poucos tudo ocupa o seu lugar de direito e, com o tempo, as peças se encaixam.
Momento decisivo - Parte 2
Parece que as coisas nunca estiveram tão bem antes, e não mudaria nada mesmo se pudesse. Afinal, tudo isso, é o que nos faz únicos. Pra quê querer ter algo perfeito, quando você pode ter algo real e intenso? Cativante, até mesmo, em todas as suas imperfeições. Não há mais volta, desde o dia em que me permiti sentir, e sequer desejei voltar, nem por um segundo que fosse. Encontrei meu lugar, tão doce e saboroso. Tudo se acerta no final, não há porque temer, não mais. Depois que percebi tudo que poderíamos ser, jamais duvidei, então, aprenda comigo e não duvide. Um dia, você ainda vai olhar para trás e perceber que não precisava ter se preocupado tanto, poderia apenas ter vivido o momento. Sem arrependimentos, sem mágoas. Não consigo pensar em forma melhor de viver, e nem quero. Pois meu amor, quando você sorri, tudo reluz, tudo se transforma, e não quero mais ter que viver no escuro.
Momento decisivo - Parte 1
O momento decisivo é agora, você deve escolher entre colocar um fim em tudo ou delinear um novo começo. O que será de nós? Me pergunto constantemente, mas a resposta parece tão simples, tão óbvia. Por que abriríamos mão de algo tão maravilhoso? Como a junção de nossos corpos. A conexão que nossas peles têm quando se tocam, instantânea, não quero saber de mais nada. Já não importa o que aconteceu ou deixou de acontecer no passado, temos o futuro. E se longos anos não forem o suficiente, daremos um jeito de criar mais tempo, de colocá-lo a nosso favor. Pra quê orgulho? Quando podemos ter tudo o que sempre desejamos e felicidade infinita. Pois, só a seu lado conheço esse sentimento, só assim as coisas parecem fazer algum sentido. Respirando fundo, fecho os olhos e sinto seu cheiro. Sinto seus lábios, molhados, e melhor encontro não há. Essa constante junção, ora com ternura, ora eufórica.
sexta-feira, 7 de junho de 2019
Saco de pancadas
Não sou seu saco de pancadas ou seu brinquedo, que você usa para se aliviar quando precisa. Que tipo de homem é você? Daqueles que somem quando algo dá errado? Não deixarei mais, você bagunçar a minha cabeça e a minha vida. Você pode até achar engraçado, ou achar que digo isso apenas da boca pra fora. Mas eu já superei, é você que nunca vai esquecer. Você está sozinho, essa é a verdade, pois os caras maus nunca se dão bem no final. Não estamos ficando mais novos, apenas envelhecendo, e já passei da idade de fazer isso. Você ainda se importa? Existem dois tipos de pessoas, aquelas que erram, se sentem culpadas e procuram consertar seus erros, e aquelas que nunca aprendem. Eu já sei que tipo de pessoa quero ser, e você?
quarta-feira, 5 de junho de 2019
Tudo, vibra
Dezenas de rostos, igualmente cansados, será que a vida realmente é só isso? Esse constante ir e vir, para qualquer lugar que seja. Sempre parece que ainda falta algo, será que alguém consegue ouvir todas essas minhas preocupações? Será que alguém consegue entender? Será que alguém se importa? Rostos vazios, sem cor. Tudo vibra e, mais uma vez, eu estou nos mesmos velhos dilemas do passado. Será que vale à pena viver? Será que deveria me orgulhar de quem sou? E, se não, o que posso fazer para mudar? Pois algo precisa ser mudado, antes que eu enlouqueça de novo. Mais uma vez, o abismo parece tentador. Todo o calor da raiva, misturado ao frio da solidão. Mais uma vez, vazia, incompleta, em busca de algo que não faço ideia do que seria. Como fazer isso parar?
terça-feira, 4 de junho de 2019
Fica
Escolhas precisam ser feitas, e a cada dia parece mais difícil, ir ou ficar? Resistir ou se entregar? Se deixar seduzir? E se eu me entregar, de verdade, você promete que fica? Me excita, mais uma vez, pela milésima vez. Toca em meu corpo, em cada centímetro de pele, e me enche de prazer. Até não aguentar mais, até me tremer toda, até que minhas pernas fiquem bambas. Nada pode se igualar, ao encaixe perfeito de nossos corpos. Nada disso parece errado, talvez seja, mas jamais pareceria. Afinal, é tão bom, e parece tão certo. Sem culpa, apenas fique, sem se importar com qualquer outra coisa. Eu nunca me canso, de te admirar, e de querer ficar.
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